Sunday, April 19, 2009

Capítulo 2: As qualidades humanas. Economia da inteligência coletiva

“A inteligência Coletiva” de Pierre Lévi
Fichamento do aluno: Maikon Côco; profa. Clara (inserções do livro de Lévy)
Este capítulo trata das leis da economia aplicadas às relações sociais, uma vez que as relações comerciais dependem obrigatoriamente das relações humanas. Forma-se uma rede de contatos sociais e quanto mais ampla e forte essa rede for, mais chances de gerar capital, porém fatores antiéticos tais como corrupção e máfia, além da desterritorialização gerada pela instabilidade do sistema geopolítico e tecnológico interferem no bom funcionamento dessa rede.

“O que acontece quando se mecanizou a agricultura, a indústria e as operações que giram em torno das mensagens? A economia girará – como já faz – em torno do que jamais se automatizará completamente, em torno do irredutível¨a produção do laço social, o “relacional”.” (LÉVY, p. 41). É necessário mobilizar a subjetividade dos indivíduos.

Como a economia está ligada à relação social, há a necessidade de se investir nas qualificações profissionais que permitam lidar com as pessoas, em todas as necessidades delas, que são o produto final da engenharia do laço social, contratante/contratado, comerciante/cliente, servidor público/população, etc.

“As necessidades econômicas se associam a exigência ética. Mas não é a única razão que nos faz invocar uma economia das qualidades humanas”. (LÉVY, p. 42).
“O problema da engenharia do laço social é inventar e manter os modos de regulação de um liberalismo generalizado”, ampliado, produtor e solicitador. Os mercados e os contextos seriam variados, neste “liberalismo” ninguém poderia se apropriar dos meios de produção dos quais outros seriam provados. (p. 43)
Enfim, o proletariado da economia da qualidade humana promove a inteligência coletiva e trabalha com massas humanas, os que fizerem isso terão sucesso, é importante que ele saiba viver e agir coletivamente, porém mantém sua identidade como indivíduo sem se rotular em uma categoria.
“A serviço da liberdade não são necessários meios que reforcem a autonomia e aumentem a potência dos que dela se servem, em vez de habituá-la a dependência? É por isso que a transmissão, a educação, a integração, a reorganização do laço social deverão deixar de ser atividades separadas. Devem realizar-se do todo da sociedade para si mesma...” (p. 45).

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