Friday, April 22, 2011

2. Eixos organizadores do sentido do espaço

A analise de Teixeira Coelho Netto recorre ao eixo como base da análise. O eixo não toma  unidades menores como critérios analitícos tais como os elementos de arquitetura ou de composição,  códigos clássicos por excelencia. O eixo toma o objeto como todo e em suas partes constituintes, ou melhor, em suas relações constituintes e contextuais, considerando também os aspectos semânticos e pragmáticos passíveis de serem apurados no objeto. Esta forma de leitura se assemelha a leitura que faz Bruno Zevi em sua “Linguagem da Arquitetura Moderna” ao designar invariantes desta, a diferença consiste em que a análise de Zevi é predominantemente sintática, considerando efeitos estéticos inclusive.
As invariantes de Bruno Zevi buscam códigos “anticlássicos”. São as seguintes:
       o catálogo como metodologia do projeto;
       assimetria e dissonancia;
       tridimensionalidade antitética da perspectiva;
       sintaxe da decomposição quadridimensional;
       estruturas em balanço, coberturas e superfícies;
       temporalidade do espaco;
Pode-se dividir os seguintes  tipos de categorias entre os 7 eixos organizadores do espaço de Teixeira Coelho Netto: categorias espaciais da relação homem e natureza, espaço artificial x espaço natural ou das relações sociais: espaço privado x espaço comum; os demais podem ser entendidos como categorias do modo de fazer, construir o espaço (sintática): interior x exterior, espaço construído x espaço não construído, espaço amplo x espaço restrito, espaço vertical x espaço horizontal, espaço geométrico x espaço não-geométrico 

TEIXEIRA COELHO NETTO, J. A Construção do Sentido da Arquitetura, São Paulo: Perspectiva, 2009, 5ª Ed.

ZEVI, Bruno. A linguagem Moderna da Arquitetura. Lisboa : Don Quixote.

Thursday, April 21, 2011

1. Eixos organizadores do sentido do espaço

A primeira discussão do curso de estética neste ano tratou da interação e da interatividade entre espaços e saberes ou disciplinas, tendo como foco a arquitetura.
A segunda discussão proposta no Curso de Estética e Arquitetura, em 2011, tem início com as proposições do texto: “Eixos organizadores do sentido do espaço” de Teixeira Coelho Netto.

Objetivo da leitura do espaço criada a partir de eixos organizadores do sentido do espaço segundo o autor:
“Proceder a uma leitura do discurso arquitetural, mas ao invés de se seguir o caminho até aqui trilhado pela semiologia, propõe-se organizar o discurso arquitetural num sistema (eixos) e investigar as referências (significados) livremente, a partir do ponto de vista exigido mais imediatamente pela natureza de casa eixo”.
-A determinação dos eixos foi feita de modo a poder ser considerada a mais ampla possível.
-O modo de resolver estas oposições entre um e outro é de maneira dialética (aproximadamente).

Eixos organizadores do espaço:
1°Eixo do espaço arquitetural: Espaço interior X Espaço exterior
2°Eixo: Espaço privado X Espaço comum
3°Eixo: Espaço construído X Espaço não construído
4°Eixo: Espaço artificial X Espaço natural
5°Eixo: Espaço amplo X Espaço restrito
6°Eixo: Espaço vertical X Espaço horizontal
7°Eixo: Espaço geométrico X Espaço não-geométrico



São vários os objetivos a serem atingidos no curso de 2011 com o conteúdo deste texto:
·         - Iniciar a discussão sobre as problemáticas dos estudos da linguagem da arquitetura – neste contexto as várias definições de arquitetura;
·         - Colocar problemáticas sobre a lógica e a dialética –iniciada pelo próprio autor nas pag. 28 e 29;
·         - Do mesmo modo, estabelecer distinções entre questões de fato, conceito e valor;
- Ainda, evidenciar categorias dêiticas constitutivas/presentes do/no enunciado pessoa, tempo e lugar
·         - Discutir e problematizar os eixos ou pares propostos por Teixeira Coelho Netto;
·         - Especificamente tratar os eixos interior/exterior e privado/comum, e, o eixo natural/artificial
·         - Discutir formas alternativas, propostas por outros autores, de discussão sobre espaço; 
Sobretudo, a noção de dobra no ponto de vista tanto de Gilles Deleuze quanto de Michel Serres

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Referências
TEIXEIRA COELHO NETTO, J. A Construção do Sentido da Arquitetura, São Paulo: Perspectiva, 2009, 5ª Ed.
CHAUI, Marilena.Convite à Filosofia. São Paulo, Ed. Ática, 2000. (unidade 5)

Lógica aristotélica – Wikipédia, a enciclopédia livre

Lógica aristotélica – Wikipédia, a enciclopédia livre

A lógica aristotélica é o estudo formal da lógica desenvolvido por Aristóteles na Antiguidade. No último século a lógica de Aristóteles teve duas grandes reviravoltas. O nascimento da chamada lógica moderna, através do trabalho de Gottlob Frege e Bertrand Russell, trouxeram a tona sérias limitações da lógica aristotélica. Mas a lógica de Aristóteles pode manter o respeito, "não só pela clareza de seus resultados, mas também pelo notável trabalho dele em lógica moderna."

Dicionário Aurélio lógica:
1.Filos. Na tradição clássica, aristotélico-tomista, conjunto de estudos que visam a determinar os processos intelectuais que são condição geral do conhecimento verdadeiro. [Distinguem-se a lógica formal e a lógica material.]