Sunday, June 07, 2009

INSTRUMENTOS DE NAVEGAÇÃO. CAPÍTULO 12 . INTELIGÊNCIA COLETIVA

Alunos: Clarice/ Gabriela/ Giovanna/ Natália/ Patrick


CAPÍTULO 12. INSTRUMENTOS DE NAVEGAÇÃO


O texto faz referência inicial à época anterior aos séculos XV e XVI, período das Grandes Navegações, quando o homem utilizava relatos para se localizar. Esses relatos por mais eficazes que fossem, eram muito mais descritivos do que funcionais, sua compilação em portulanos auxiliava na localização e viagem dos navegantes, todavia, existiam muitos relatos em branco, os quais eram preenchidos com histórias fantasiosas e mitos que se tornavam símbolos de grande força.
Nessa época, além da grande utilização da bússola, instrumento terrestre, o qual auxiliava na orientação a partir de um norte magnético; existiam também os algoritmos que eram mais eficazes do que os portulanos para navegação, vez que era uma descrição seqüencial de ações a serem tomadas pelos navegantes durante suas viagens.
Devido às necessidades de se navegar em mares desconhecidos, os portulanos e algoritmos não serviam mais, era também grande a dificuldade em encontrá-los. Fez-se necessário criar, então, uma espécie de território, o qual, em um campo abstrato e imóvel, far-se-iam projeções sobre o céu na terra, as quais funcionariam para localização dos viajantes. Essa localização era definida a partir da criação de pontos especificados neste território abstrato depois de sua divisão quadrangular. Os instrumentos utilizados na época se voltavam consequentemente à orientação pelo território do céu, tais instrumentos eram basicamente o quadrante e o astrolábio, que definiam de acordo com a altura da Estrela Polar ou do Sol a latitude e a longitude. Com a nova definição de espaço, a Terra é quadriculada e cercada por uma rede que cai do céu, e cada ponto possui a partir de então coordenadas e um endereço, mesmo que não seja assim desejado. Os relatos e os algoritmos dão lugar ao sistema do qual a geografia científica só é um caso particular. Esse sistema permite orientar-se onde ninguém jamais antes esteve, e permite realizar com certeza e precisão resultados de uma operação bem efetuada.
No espaço da mercadoria já não é possível fixar pontos em um sistema, visto que tudo circula e flutua incessantemente. A inércia do Território é forte, seus pontos de referência, fixos. O espaço econômico é móvel, relativista, sendo que nele é o terreno que viaja e se transforma. As mercadorias circulam, seus preços flutuam, possuem valores diferentes em um lugar ou em outro no mesmo instante, os sistemas de produção evoluem. O valor e a organização dos conhecimentos dependem estreitamente de um contato cultural, social e profissional cambiante.
A dificuldade no Espaço do saber consiste em organizar o organizador, objetivar o subjetivante. O saber sobre o saber deriva de uma circularidade essencial, originária, inelutável.
Para auxiliar o espaço das mercadorias, surge no século XVII, as estatísticas e probabilidades e seu desenvolvimento acompanha a expansão capitalista. Com esse mapa móvel os comerciantes terão como base os índices, taxas, médias, demanda e todos os itens suficientes para se adequares a esse espaço imprevisível, onde tudo circula e flutua. Porém as estatísticas escondem de os exemplos particulares, ocorre generalização o que deixa por vezes um caso isolado no esquecimento. As estratégicas são submetidas à lei de grandes números, levando à probabilidades assim as qualidades são reduzidas a quantidades.
Considerando que o espaço do saber não pode apoiar-se na estatística puramente quantitativa à maneira mercantil, ou uma organização transcendente como o território, o cinemapa desenvolve espaço qualitativamente diferenciado. A organização desse espaço vai mostrar essa complexidade de relações que os objetos ou atores do universo informacional mantêm uns com os outros.
O cinemapa consegue dar tributo diferente, para cada lugar, com suas peculiaridades. Para cada ponto mostra investigações mais profundas, fornecem detalhamentos: o cinemapa é um mosaico móvel em permenente recomposição, onde cada figura é completa, mas adquire valor e sentido na configuração geral.
Ele permite ler uma situação, um espaço qualitativo. Grupo humano para utiliza-lo precisa intelectual coletivo. Assim, o cinemapa é uma realidade virtual , um ciberespaço.