Tuesday, May 10, 2011

Identidade e trânsito

"Há momentos da cidade em que ninguém nem nada permanece. Para definir o modo em que se habita neles é necessário descobrir a identidade de quem se move através da cidade. Uma tarefa bastante difícil, se si considerada que o trânsito sempre vem acompanhado de uma perda de identidade." Pablo Ocampo.

OCAMPO, Pablo Failla. Periferia: La heterotopia del no-lugar. Santiago: Ediciones A+C, 2002.

Thursday, May 05, 2011

Quadro de etimologias relacionadas a palavra lugar


THORNBERG, Josep Muntanola  La Arquitectura Como Lugar. Barcelona. Editorial Gustavo Gili, S.A., 1974

"Espaços de comunicação intercultural" de Rico Lie

Excertos do texto de Rico Lie "Espaços de comunicação intercultural" para apresentar o conceito de liminar e liminóide. Este conceito traz aspectos de interação e interatividade que elementos arquitetônicos carreiam como as soleiras e os umbrais, que são espaços de transição por excelência como já foi dito, A função de intertício, de intervalo dw determinados espaços elimina ou produz gradações em relação às divisões territoriais rígidas.


*Excerto do texto  "Espaços de comunicação intercultural" de Rico Lie


"Todas as pessoas estão em certa medida, permanentemente em trânsito... Não tanto ‘de onde vens?’, senão ‘onde estás?’ (The intercultural identity question.)". (CLIFFORD, 1992, p.109)

“O espaço é um lugar praticado”. (De CERTEAU, 1984, p.117)

Esta é uma citação bastante mencionada de de Certeau (publicada originalmente em francês em 1974). A citação prossegue com “Assim a rua definida geometricamente pelo planejamento urbano é transformada em um espaço pelos caminhantes” (De CERTEAU, 1984, p.117). De um modo interpretativo resume a diferença entre espaço (ruimte [em holandês] / espace [em francês]) e lugar (plaats [em holandês] / lieu [em francês]). Ou seja, o espaço é um lugar vivido, assim, através da (inter)ação e a comunicação, os lugares transformam‐se em espaços de comunicação. Segundo De Certeau, os lugares são fixos e estáveis. As fronteiras dos lugares foram fixadas e podem ser determinadas de forma precisa. As fronteiras dos espaços são flexíveis e foram construídas de uma maneira simbólica, interpretativa. (COHEN, 1985) Assim, ‘caminhar pela cidade’ transforma o lugar em espaço. (De CERTEAU, 1984, p.91‐110) Por outro lado, ‘assistir à televisão em casa’ pode, por exemplo, também ser visto como um lugar vivido ou praticado. Este não é somente o caso, porque a casa é um cenário geográfico definido, mas também porque o texto televisivo em si, nas palavras de De Certeau (ibidem, p.117) é “um lugar constituído por um sistema de signos” é transformado em espaço, pelo ato de assistir. Estes espaços de comunicação criados pelos atos de consumo e interpretação podem sergeográficos e físicos, assim como não geográficos e não físicos. (Rico Lie)
 (...)
Com os conceitos de “liminal e liminoid” (de Turner) estou acentuando a posição intermediária dos espaços. Eles estão em um ponto intermediário entre o global e o local, guiando as observações do analista cultural em direção a elementos/formas culturais relevantes nestes espaços específicos. Os espaços são chamados espaços da comunicação intercultural porque o foco está na interação (coexistência, negociação e transformação) entre os elementos/formas culturais. (...). Eles parecem ser os espaços/esferas onde o global e o local devem ser transformados em interação. (Rico Lie)

BHABHA realmente abraça a idéia de espaço intermediário. Bhabha (1994) usa a escada como uma metáfora de liminalidade:
A escada como espaço liminal, entre as designações da identidade, converte‐se em processo de interação simbólica, o tecido conectivo que constrói a diferença entre superior e inferior, preto e branco. O aqui e o
acolá da escada, o movimento temporal e a passagem que ele permite, previnem a identidade de cada um dos seus extremos de instalar‐se como polaridade primordial. Esta passagem intersticial entre identificações fixas abre a possibilidade de uma hibridez cultural que abriga a diferença sem uma hierarquia assumida ou imposta. (BHABHA, 1994, p.4). o reconhecimento teórico do espaço dividido da enunciação pode abrir caminho para conceituar uma cultura internacional, que não está baseada no exotismo do multiculturalismo ou na diversidade de culturas, mas na inscrição e articulação da hibridez de cultura.
Com este fim, deveríamos nos lembrar, que é o prefixo ‘inter’ — o fio da tradução e negociação, o espaço intermediário — que transporta a carga da significação da cultura. (ibidem, p.38). Antes de aprofundarmos a discussão da relação entre “interculturalidade”, comunicação e espaço, vamos primeiro examinar mais minuciosamente a teoria de Turner do "liminal" e o “liminoid”. (Rico Lie)

Que são espaços “liminal e liminoid”?
Em várias disciplinas, a questão da “liminality” foi novamente considerada como conceito de interesse no estudo com culturas em contato e culturas em constantes mudanças. O conceito foi outrora utilizado no estudo mais estrito de rituais, principalmente os rituais da transição, (...). (Rico Lie)

A “liminality” referia‐se à fase intermediária das três fases que Gennep distingue em todos “os ritos de passagem”. As fases são: 1) separação, (2) margem (ou limen, significando 'limiar' em latim) (transição), e, (3) reagregação (reintegração). Especialmente com os ritos de iniciação (transição) (p. ex., iniciação do menino a homem, matrimônio ou morte), essas fases podem ser distinguidas claramente. Na fase da transformação, a pessoa não pertence à sociedade e não é membro da estrutura diária normal. (Rico Lie)

Cada um é localizado em um tempo e espaço que não tem nenhuma definição social. A identidade da pessoa ou grupo é pouco nítida. Uma posição tão “liminal” oferece uma possibilidade de reflexão e crítica, mas também de idealização, igualdade e camaradagem intensa. Este 'estado de ser' ou 'qualidade da relação' é o que Turner (1969) chama “communita”. É na “liminality” que o “communitas emerge. Turner (1974a, p.231) vê a estrutura social como o oposto de “communitas”, já que “communitas” existe fora do tempo estruturado. O autor define “liminality” como “potencialmente eem princípio uma região gratuita e experimental da cultura, uma região onde não só os novos elementos, mas também as novas regras de combinação podem ser introduzidas”. (TURNER, 1982, p.28).
Na liminality, os novos modos de atuar, as novas combinações dos símbolos, são provados, para ser descartados ou aceitos.... A essência do ritual é a multidimencionalidade, multivocalidade" dos seus símbolos (TURNER, 1977, p.40). “... na liminality as pessoas 'jogam' com os elementos do familiar e os desfamiliarizam. (TURNER, 1974b, p.60). (Rico Lie) 

continua (ver restante do texto e referências citadas no link do título)

Repare no mundo das linhas que se cruzam e se tecem...

Repare no mundo das linhas que se cruzam e se tecem. Nós pensamos que as linhas são os componentes básicos das coisas e dos eventos. Assim tudo tem sua geografia, sua cartografia, seu diagrama diz Gilles Deleuze. Interessa as linhas que constituem os fluxos da globalização e da cidade. Eu tendo a pensar das coisas como jogos das linhas a desemaranhar mas a ser feitas também para cruzar-se. Eu não gosto de pontos?
As linhas não são coisas que funcionam entre dois pontos; já os pontos estão onde diversas linhas se cruzam. As linhas nunca funcionam uniformemente, e os pontos não são nada, mas inflexão das linhas. Mais geralmente, não são os inícios e as extremidades que contam, mas os intermédios. Deleuze tem interesse no desdobramento, abertura, desvelamento, no labirinto infinito da dobra para dobrar, que produz a topologia do mundo como um do processo que rejeita a ficção dos limites, da fixidez, a permanência, o encaixe, o enclave, o encravamento.
O que é importante, é que todas as dobras são igualmente importantes, não há nenhum mestre e nenhum seguidor, as dobras não podem ser diferenciadas em termos do essencial e o inessential, o necessário e o contingente, ou o estrutural e o ornamental. Cada dobra faz sua parte: cada dobra alarga ' o ' distante. O evento do origami está no desdobrar, apenas como o presente está em envolver: não como o índice, mas como o processo.
O que as dobras nos textos escritos por Deleuze significam para a introdução do parentesco foi feito exame por alguns teóricos como Bruno Latour, e Michel Serres. Observam que o próximo e tornado distante não é uma teoria métrica do espaço (e do tempo) que foi rejeitada a favor de uma teoria topológica em que o espaço-tempo é visto de modo dobrado, enrugado e multi-dimensional.

Espaço e Lugar em Montaner_ uma visão pós moderna [?!]

A sensibilidade em relação ao lugar por parte da arquitetura contemporânea é um fenômeno recente [pós moderno ?!].
O esforço do movimento moderno consiste em definir uma nova concepção de espaço tendo como base novos materiais: aço, concreto e vidro
O moderno mantém uma concepção platônica e matemática de espaço de acordo com Montaner;
Os primeiros textos que abordam a arquitetura com a arte do espaço são de August Schmarzow e Alois Riegl.
Ainda de acordo com Josep Montaner, em Modernidade Superada, publicado pela Editora Gustavo Gili: 
A pintura cubista, no neoplasticismo: Rietveld, Van Doesburg, em Lazlo Moholy-Nagy, El Lssitzky, nos protótipos de Mies Van der Rohe e Le Corbusier exploram esta visão do espaço abstrato (platônico). Esta concepção é crucial nas interpretações historiográficas relacionadas com o movimento moderno, em autores como Sigfried Giedion e Bruno Zevi.
 

Abordagem da dobra em Gilles Deleuze 2011_1

De acordo com Michel Serres a dobra (dobrar – plierfrancês- pli) implica (envolve) o volume e começa a construir o lugar. Ainda diz que a dobra que implica e multiplica (dobra sobre si e se desdobra) também permite passar do lugar ao espaço, associando a Michel de Certeau, permite passar do espaço, isto é, da prática do lugar (que implica em posições no espaço, em movimento, fluxo) ao lugar propriamente, que é ordem, convenção, indicando estabilidade, determinando um “próprio”.
“O espaço é um lugar praticado”.
“Assim a rua definida geometricamente pelo planejamento urbano é transformada em um espaço pelos caminhantes” (CERTEAU, 1984, p.117).

Corroborando com esta idéia (aproximadamente), segundo Manuel Castells os espaços são criados por práticas sociais. Assim não são universais, eles são sempre historicamente específicos. Os espaços tornam-se socialmente importantes quando são constituídos por práticas sociais inumeráveis. Neste ponto definem uma espacialidade material de vida. Todas as espacialidades são produtos de agentes sociais que operam como os fabricantes dos espaços. Há fabricantes dos espaços de lugares que criam mundos de identidades ' locais ', e há fabricantes dos espaços dos fluxos que criam mundos das conexões. Com estas práticas sociais e suas espacialidades, são os dados formais da coexistência entre os espaços dos lugares e os espaços dos fluxos.
Uma primeira exploração da dobra em Gilles Deleuze
Deleuze serviu-se da metáfora do labirinto para explicar o conceito de espaço em Leibniz, em seu livro A Dobra. Diz Deleuze, “Leibniz explica em um texto extraordinário: um corpo flexível ou elástico ainda tem partes coerentes que formam uma dobra, de modo que não se separam em partes de partes, mas sim se dividem até o infinito em dobras cada vez menores, que conservam sempre uma coesão.
Assim, o labirinto do contínuo não é uma linha que dissociaria em pontos independentes, como a areia fluida em grãos, mas sim é como um tecido ou uma folha de papel que se divide em dobras até o infinito ou se decompõe em movimentos curvos, cada um dos quais está determinado pelo entorno consistente ou conspirante. Sempre existe uma dobra na dobra, como também uma caverna na caverna.
A unidade da matéria, o menor elemento do labirinto é a dobra, não o ponto, que nunca é uma parte, e sim uma simples extremidade da linha”. 
O espaço ‘leibniziano’ é constituído como um labirinto com um número infinito de dobras, algo similar à cidade composta de quadras, casas, quartos, móveis, dobras dentro de dobras, dobras que conformam espaços, como um origami, a arte da dobradura do papel.
A dobra é a continuidade do avesso e do direito, do verso e reverso da folha, a arte de instaurar esta continuidade entre as superfícies. Deleuze A lógica dos sentidos.
O que está dentro está fora, e o que está fora, logo pode estar dentro.
“Não há lugares fora”Michael Hardt. 
“A superfície, a cortina, o tapete, o casaco, eis onde o cínico e o estóico se instalam e aquilo de que se cercam. O duplo sentido da superfície, a continuidade do avesso e do direito, substituem a altura e a profundidade. Nada atrás da cortina, salvo misturas inomináveis.
“Nada acima do tapete, salvo o céu vazio. O sentido aparece e atua na superfície, pelo menos se soubermos convenientemente, de maneira a formar letras de poeira ou como um vapor sobre o vidro em que o dedo pode escrever”.

DELEUZE, G. A dobra. Papirus 
CASTELLS, M. A Sociedade em redes: Ed. Paz e Terra

SANAA : kazuyo sejima + ryue nishizawa

extension of the institute of modern art, valencia, spain (2002 - ). by SANAA
SANAA : kazuyo sejima + ryue nishizawa
kazuyo sejima and ryue nishizawa have been working
collaboratively under the name ‘sanaa’ since 1995

novo museu SANAA

Architecture Club: Lições de Arquitetura, de Herman Hertzberger

Architecture Club: Lições de Arquitetura, de Herman Hertzberger
por Sra. Bretz, mãe de 17 adoráveis criaturinhas, ver perfil

Espaço e Lugar / interior e exterior

Toma-se a premissa que exterior e interior são dois fundamentos da construção do espaço arquitetônico, que formam “sistemas de lugares”. 
A relação entre exterior e interior é constitutiva do espaço concreto que possui variados graus de extensão e cercamento. Este freqüentemente se manifesta como “figura” em fundo vasto ou limitado Do fechamento ou do enquadramento de um espaço podem emergir elementos que exerçam a função de foco ou centro para o entorno.
O espaço em extensão ou cercado possui direções "cósmicas" ou coordenadas físicas (céu, terra, acima, abaixo, leste-oeste, norte-sul, atrás-adiante) e pode manifestar ritmos segundo a composição ou a disposição de elementos ou os movimentos da topografia. 
“Portanto, centralização, direção e ritmo são importantes propriedades do espaço concreto”. Os próprios elementos naturais podem agrupar-se modo a formar senso de escala, de proximidade ou de distância (NORBERG-SHULZ In Nova Agenda). 
Christian Norberg-Shultz (op. cit.) chama atenção que todas estas propriedades espaciais mencionadas são de natureza topológica. Ou seja, não dizem respeito somente a um enquadramento geométrico ou físico.
O “princípio de vizinhança” está na base da noção de distância, sendo mais profícuo e geral do que os enquadramentos sucessivos e concêntricos aristotélicos, diz Bachelard.
A topologia estuda a posição e as propriedades provenientes dela, que devem satisfazer as noções de vizinhança e de proximidade.
A topologia enfatiza não as propriedades extensivas e estáveis, mas as intensivas e intermitentes. Na teoria topológica, o espaço-tempo é visto como dobrado e multidimensional.
O espaço cercado ou confinado se define por limites (borda) ou fronteiras (onde algo começa a se fazer presente). O chão (piso), a parede (muros, vedações) e o teto (coberturas) são fronteiras de uma edificação ou lugar (NORBERG-SHULZ, op. cit.).
As gradações do confinamento de um espaço são determinadas pelas aberturas ou permeabilidade das vedações.
Para romper com o caráter monolítico ou maciço, as permeabilidades (para luz, ventilação, visualidades) podem ser proporcionadas por membranas “elementos etéreos, que sugerem divisões espaciais, sem limites físicos rígidos” (Bruno Massara Rocha).
As aberturas são a janela, a porta e a soleira. A soleira segundo Hertzberger é a chave para o intervalo, a transição e a conexão entre as áreas.
Na soleira de uma casa se lida com o encontro a reconciliação entre a rua (domínio público) e o domínio privado.
As soleiras e os umbrais, são espaços de transição por excelência. Locais da despedida e das boas vindas. À tradução arquitetônica para hospitalidade (um dever para algumas culturas).
A soleira é tão fundamental para o contato social quanto os maciços são para a privacidade.
O intervalo elimina as divisões territoriais rígidas.

Referências
NORBERG-SCHULZ, Christian. O fenômeno do lugar. In: NESBITT, Kate (org.). Uma nova agenda para a. arquitetura: antologia teórica 1965-1995. São Paulo: Cosac Naify, 2006
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes,

 

If the Buildings Could Talk Wim Wenders sobre o SANAA Rolex Learning Center

If the Buildings Could Talk
12° Bienal de Arquitetura de Veneza - 2010 Wim Wenders
Texto de Carla Seppe | Publicado em 21/09/2010

(Tradução livre para o Português)
Se os edifícios pudessem falar ...
... alguns deles soaria como Shakespeare.
Outros falariam como o Financial Times,
outros rezariam para Deus, ou Alá.
Alguns sussurrariam apenas,
alguns diriam em voz alta os seus próprios elogios,
enquanto outros modestamente murmurariam algumas palavras
e realmente não tenho nada a dizer.
Alguns estão simplesmente mortos não falam mais ...
Os edifícios são como as pessoas, na verdade.
Velhos e jovens, masculino e feminino,
feios e bonitos, gordos e magros,
ambicioso e indolente, ricos e pobres,
apego ao passado

ou projetados para o futuro.
Não me interpretem mal: não se trata de uma metáfora.
Os edifícios falar conosco!
Eles têm mensagens. Certo !
Alguns realmente querem um diálogo constante com a gente.
Alguns preferem sim ouvir atentamente primeiro.
E você já deve ter notado:
Alguns deles nós gostamos muito, alguns menos
e alguns não.
Os edifícios, como as pessoas estão sujeitas ao tempo
e existem em um mundo tridimensional.
É por isso que nosso filme é em 3D.
É um convite para passear,
e fazer a experiência e ouvir, por uma vez.
O prédio que você vai encontrar
é particularmente suave e amigável,
feita para aprender, ler e comunicar.
Suas colinas e vales estão ansiosos para dar-lhes as boas-vindas,
para ajudar, para ser útil,
e para ser, no melhor sentido da palavra,
um lugar de encontro.
by Wim Wenders 


YouTube - Rolex Learning Center / EPFL, SANAA a steadicam visit

YouTube - Rolex Learning Center / EPFL, SANAA a steadicam visit
SANAA Rolex Learning Center
Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne
Lausanne, Switzerland

SANAA: rolex learning center

SANAA: rolex learning center

Berkeley Art Museum Drops Design for New Location - The Daily Californian

Berkeley Art Museum Drops Design for New Location - The Daily Californian
Projeto Toyo Ito

Behance Network :: Gallery

Behance Network :: Gallery

Walkeshwar School on the Behance Network

Walkeshwar School on the Behance Network
serie architects / chris lee and kapil gupta: walkeshwar school, mumbai, india
A new 25,500 sq.ft. addition to the existing Walkeshwar School in Mumbai is proposed in a tight void sandwiched between a rock cliff and the existing school. This makes design, code compliance, and construction difficult.



takeshi hosaka architects: love house, kanagawa, japan

takeshi hosaka architects: love house, kanagawa, japan

'love house' by takeshi hosaka was designed for a couple. on a very small site of 33 square meters, the designer planned a building of frontage 2.7m / about 9m deep. he divided the top ceiling with a huge curve and created the roof and the space, with a big hole in the centre where you can see the sky. it is located in kanagawa, japan.

Inside House & Outside House / Takeshi Hosaka Architects | ArchDaily

Inside House & Outside House / Takeshi Hosaka Architects | ArchDaily
"Takeshi Hosaka thought that many life acts would be richly generated even in a small site in Tokyo by building “inside house” together with “outside house” where you can treat those things such as nature, rain water, soil, sand, animals, insects and birds that were eliminated by the modern architectures and cities, and acts which are originally supposed to be outside the house."

Espaço e Lugar em Michel de Certeau em Artes do fazer

Autores como Michel de Certeau distinguem a espacialidade isótropa, unívoca de um espaço existencial, da experiência de relação com o mundo relaciona-se a um meio.
Portanto, do mesmo modo que na dobra de Michel Serres, Michel de Certeau destaca os “relatos” que efetuam o trabalho de transformar lugares em espaços ou espaços em lugares. “Organizam também os jogos de relações mutáveis que uns mantêm com os outros”.
Se espaço carreia a noção de abstração, também de posições em campos de força e a possibilidade de liberdade;
e por outro lado, se lugar tem historicidade, identidade coletiva, pode, ao contrário, por excesso de identidade expulsar candidatos a usuários, excluir, segregar.
Para Certeau o espaço é ato, a prática do lugar enquanto o lugar propriamente é ordem, convenção, indica estabilidade, determina um “próprio”.
 
Topologia
Como descrever a vizinhança?
A topologia desposa o espaço, de outra forma e melhor. Para tal ela usa o fechado (dentro), o aberto (fora), os intervalos (entre), a orientação e a direção (para, à frente, atrás, transversal), a proximidade e a adesão (perto, sobre, contra, a seguir, junto), a imersão (entre, sob), a dimensão e assim sucessivamente, todas as realidades sem medida e com relações.
Outrora designada por Leibniz analysis situs, a topologia, descreve as posições e exprime-se melhor pelas preposições.

Interior-exterior Michel Serres em Atlas- O ser fora dai

Ser-fora-daí
Quem conhece melhor o espaço? O errante em seu perpétuo deslocamento ou o caseiro que explora a sua vizinhança? Camponês e desenraizado, errante e radicado, oriundo do fora e chegado aí, vindo de fora e oriundo daí?
Ex. personagem de Maupassand que possui antepassados normando e vive no campo.
Ser e não ser, presente e ausente, aqui e alhures como terceiro contraditório.
Partir, visitar: o deslocamento modificado o espaço percebido.
Viver também é se arriscar, inventar, viajar, conhecer. 

SERRES,  Michel. Atlas. Lisboa: Instituto Piaget

Interior-exterior Michel Serres em Atlas- O ser-aí

A vida reside, habita, mora, aloja-se, não consegue passar sem um lugar. Dir-se-ia que ela desenha e codifica a sua definição; entendo desta última palavra aquilo que dela diz sua etimologia: atribuição de limites ou de fronteiras, abertas ou fechadas.
Na questão onde vive? O verbo viver significa habitar. O ser vivo encontra-se aqui ou ai, não num ponto geométrico ou abstrato, não num espaço liso, na topologia de um cubo ou de uma esfera, de uma caixa ou de uma casa, de um saco cujo invólucro lhe fornece algum isolamento privativo, distâncias otimizadas, todas as circunstâncias de uma proximidade.
Rodeada de uma membrana a célula vive menos em si e para si do que em sua casa. Sem membrana não há vida, teorema universal em biologia.
Espaço por multiplicação / Lugar por implicação
A dobra (dobrar – plierfr- pli) implica o volume e começa a construir o lugar.
A dobra que implica e multiplica (dobra sobre si e se desdobra) também permite passar do lugar ao espaço e deste ao canto.
Na “poética do espaço” Gaston de Bachelard fala dos cantos referindo-se a intimidade humana, a sensação de “estar em paz”, a noção de conjunção com o espaço onde está: “Sou o espaço onde estou”.
De acordo com Serres a vida tende ao muito curto “a dimensão local e singular (...) rodeada de limites espaço-temporais, caracteriza-a; não o espaço, mas o compartimento”  .
O ser-aí


SERRES,  Michel. Atlas. Lisboa: Instituto Piaget
BACHELARD, Gaston. A Poética do Espaço. São Paulo: Martins Fontes,

exterior-interior por Kandinsky

Kandinsky em Ponto, Linha e plano

Todos os fenômenos podem ser vividos de duas formas.
Estas duas formas não estão arbitrariamente ligadas aos fenômenos – decorrem da natureza dos fenômenos, de duas das duas propriedades: exterior-interior.
Se observarmos a rua através da janela, os seus ruídos são atenuados, os seus movimentos são fantasmáticos e a própria rua, por causa do vidro transparente mas duro e rígido, parece um ser isolado palpitando num ‘para lá de’.
Mas eis que abrimos a porta: saímos do isolamento, participamos desse ser, aí nos tornamos agentes e vivemos a sua pulsação através de todos os nossos sentidos (...).
Kandinsky relata sobre a fruição e participação nos sons e movimentos deste espaço exterior em seguida no texto. 

Objetivos da discussão dos eixos organizadores do espaço de Teixeira Coelho Netto

São vários os objetivos a serem atingidos no curso de Estética e Arquitetura de 2011 com o conteúdo deste texto:
·         - Iniciar a discussão sobre as problemáticas dos estudos da linguagem da arquitetura – neste contexto as várias definições de arquitetura;
·         - Colocar problemáticas sobre a lógica e a dialética –iniciada pelo próprio autor nas pag. 28 e 29;
·         - Do mesmo modo, estabelecer distinções entre questões de fato, conceito e valor;
- Ainda, evidenciar categorias dêiticas constitutivas/presentes do/no enunciado pessoa, tempo e lugar
·         - Discutir e problematizar os eixos propostos por Teixeira Coelho Netto;
·         - Especificamente tratar os eixos interior/exterior e privado/comum, e, o eixo natural/artificial
·         - Discutir formas alternativas, propostas por outros autores, de discussão sobre espaço; 
Sobretudo, a noção de dobra no ponto de vista tanto de Gilles Deleuze quanto de Michel Serres.
Destacam-se entre os objetivos didáticos:
- Discutir e problematizar os eixos propostos por Teixeira Coelho Netto;
- Especificamente tratar os eixos interior/exterior e privado/comum, e, o eixo natural/artificial