Toma-se a premissa que exterior e interior são dois fundamentos da construção do espaço arquitetônico, que formam “sistemas de lugares”.
A relação entre exterior e interior é constitutiva do espaço concreto que possui variados graus de extensão e cercamento. Este freqüentemente se manifesta como “figura” em fundo vasto ou limitado Do fechamento ou do enquadramento de um espaço podem emergir elementos que exerçam a função de foco ou centro para o entorno.
O espaço em extensão ou cercado possui direções "cósmicas" ou coordenadas físicas (céu, terra, acima, abaixo, leste-oeste, norte-sul, atrás-adiante) e pode manifestar ritmos segundo a composição ou a disposição de elementos ou os movimentos da topografia.
“Portanto, centralização, direção e ritmo são importantes propriedades do espaço concreto”. Os próprios elementos naturais podem agrupar-se modo a formar senso de escala, de proximidade ou de distância (NORBERG-SHULZ In Nova Agenda).
Christian Norberg-Shultz (op. cit.) chama atenção que todas estas propriedades espaciais mencionadas são de natureza topológica. Ou seja, não dizem respeito somente a um enquadramento geométrico ou físico.
O “princípio de vizinhança” está na base da noção de distância, sendo mais profícuo e geral do que os enquadramentos sucessivos e concêntricos aristotélicos, diz Bachelard.
A topologia estuda a posição e as propriedades provenientes dela, que devem satisfazer as noções de vizinhança e de proximidade.
A topologia enfatiza não as propriedades extensivas e estáveis, mas as intensivas e intermitentes. Na teoria topológica, o espaço-tempo é visto como dobrado e multidimensional.
O espaço cercado ou confinado se define por limites (borda) ou fronteiras (onde algo começa a se fazer presente). O chão (piso), a parede (muros, vedações) e o teto (coberturas) são fronteiras de uma edificação ou lugar (NORBERG-SHULZ, op. cit.).
As gradações do confinamento de um espaço são determinadas pelas aberturas ou permeabilidade das vedações.
Para romper com o caráter monolítico ou maciço, as permeabilidades (para luz, ventilação, visualidades) podem ser proporcionadas por membranas “elementos etéreos, que sugerem divisões espaciais, sem limites físicos rígidos” (Bruno Massara Rocha).
As aberturas são a janela, a porta e a soleira. A soleira segundo Hertzberger é a chave para o intervalo, a transição e a conexão entre as áreas.
Na soleira de uma casa se lida com o encontro a reconciliação entre a rua (domínio público) e o domínio privado.
“Portanto, centralização, direção e ritmo são importantes propriedades do espaço concreto”. Os próprios elementos naturais podem agrupar-se modo a formar senso de escala, de proximidade ou de distância (NORBERG-SHULZ In Nova Agenda).
Christian Norberg-Shultz (op. cit.) chama atenção que todas estas propriedades espaciais mencionadas são de natureza topológica. Ou seja, não dizem respeito somente a um enquadramento geométrico ou físico.
O “princípio de vizinhança” está na base da noção de distância, sendo mais profícuo e geral do que os enquadramentos sucessivos e concêntricos aristotélicos, diz Bachelard.
A topologia estuda a posição e as propriedades provenientes dela, que devem satisfazer as noções de vizinhança e de proximidade.
A topologia enfatiza não as propriedades extensivas e estáveis, mas as intensivas e intermitentes. Na teoria topológica, o espaço-tempo é visto como dobrado e multidimensional.
O espaço cercado ou confinado se define por limites (borda) ou fronteiras (onde algo começa a se fazer presente). O chão (piso), a parede (muros, vedações) e o teto (coberturas) são fronteiras de uma edificação ou lugar (NORBERG-SHULZ, op. cit.).
As gradações do confinamento de um espaço são determinadas pelas aberturas ou permeabilidade das vedações.
Para romper com o caráter monolítico ou maciço, as permeabilidades (para luz, ventilação, visualidades) podem ser proporcionadas por membranas “elementos etéreos, que sugerem divisões espaciais, sem limites físicos rígidos” (Bruno Massara Rocha).
As aberturas são a janela, a porta e a soleira. A soleira segundo Hertzberger é a chave para o intervalo, a transição e a conexão entre as áreas.
Na soleira de uma casa se lida com o encontro a reconciliação entre a rua (domínio público) e o domínio privado.
As soleiras e os umbrais, são espaços de transição por excelência. Locais da despedida e das boas vindas. À tradução arquitetônica para hospitalidade (um dever para algumas culturas).
A soleira é tão fundamental para o contato social quanto os maciços são para a privacidade.
O intervalo elimina as divisões territoriais rígidas.
Referências
NORBERG-SCHULZ, Christian. O fenômeno do lugar. In: NESBITT, Kate (org.). Uma nova agenda para a. arquitetura: antologia teórica 1965-1995. São Paulo: Cosac Naify, 2006
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes,
1 comment:
Clara SUA LINDA!! Estava preparando uma aula sobre a relação Exterior/Interior na arquitetura da Lina e encontrei esse texto seu.
E não é a primeira vez que isso acontece!!
Temos que combinar uns drinks!!!
Beijo enorme!!!
Post a Comment