Antropologia
Pierre Lévy coloca a hipótese de 4 espaços: terra,
território, espaço mercantil e um novo espaço antropológico, o espaço do saber.
O que é um espaço antropológico? É um sistema de
proximidade (espaço) próprio do mundo humano (antropológico), e portanto,
dependente de técnicas, de significações, da linguagem, da cultura, das
convenções, da representações e das emoções humanas.
TERRA E TERRITÓRIO
Terra. Neste espaço a relação com o cosmo constitui o
ponto central deste espaço tanto no plano imaginário (totemismo, animismo)
quanto no plano prático de sua relação de contato com natureza. Este vínculo
com o cosmo e na relação de filiação ou de aliança com outros homens. O nome é
a inscrição simbólica de uma linhagem.
Terra. O espaço nômade. Neste espaço a relação com o cosmo constitui o
ponto central deste espaço tanto no plano imaginário (totemismo, animismo)
quanto no plano prático de sua relação de contato com natureza. Este vínculo
com o cosmo e na relação de filiação ou de aliança com outros homens. O nome é
a inscrição simbólica de uma linhagem.
Território é uma invenção a partir do neolítico com a
agricultura, a cidade, o Estado e a escrita. O território não suprime a terra
nômade, mas tenta sedentarizá-la, domesticá-la. Aqui começa o desenvolvimento
do conhecimento, a história, os saberes de tipo: sistemático, teórico e
hermenêutico.
O centro da existência passa ser a uma entidade territorial
(pertença, propriedade) definida por limites e fronteiras. Nosso endereço é
nossa identidade no território dos sedentários e contribuintes. As instituições
com as quais lidamos são igualmente territórios com suas hierarquias,
burocracias, sistemas de regras, fronteiras, lógicas de pertença ou exclusão.
ESPAÇO MERCANTIL
O espaço mercantil, seu princípio organizador é o
fluxo: de energia, de matérias-primas, de mercadorias, capitais, de mão de
obra, informações. É um movimento de desterritorialização que não suprime o
território mas subverte-o, subordina-o aos fluxos econômicos. O espaço mercantil supera os demais em velocidade, que é o motor de sua evolução. A riqueza não provém do controle das fronteiras, mas do controle dos fluxos. A ciência experimental moderna é o modo de conhecimento típico do novo espaço de fluxos. Cada vez mais cede lugar a tecnociência movida pela dinâmica permanente da pesquisa e inovação.
A identidade aqui é a participação da produção e das trocas econômicas, é definida pelo emprego, pela profissão. Estes dois definem a posição no espaço mercantil.
ESPAÇO DO SABER
Espaço do saber, mal percebido, incompleto. Este novo
horizonte deve-se a velocidade de evolução dos saberes, a massa de pessoas
convocadas a a prender e produzir novos conhecimentos, e ao surgimento de novas
ferramentas – a do ciberespaço – por trás do “nevoeiro” informacional,
paisagens inéditas, distintas, identidades singulares, enfim novas figuras sócio-históricas
que se constituem indícios da era, do novo espaço antropológico:
A velocidade, jamais a evolução das ciências, das técnicas
foi tão rápida.A massa tornou-se impossível reservar o conhecimento para a classe de especialistas. O conjunto coletivo deve aprender e inventar...
As ferramentas os instrumentos que dispomos são reduzidos para filtrar a informação pertinente, discernir significações...
Os conhecimentos vivos, o savoir-faire e competências dos
seres estão prestes a ser reconhecidos como a fonte de todas as riquezas...