A analise de Teixeira Coelho Netto recorre ao eixo como base da análise. O eixo não toma unidades menores como critérios analitícos tais como os elementos de arquitetura ou de composição, códigos clássicos por excelencia. O eixo toma o objeto como todo e em suas partes constituintes, ou melhor, em suas relações constituintes e contextuais, considerando também os aspectos semânticos e pragmáticos passíveis de serem apurados no objeto. Esta forma de leitura se assemelha a leitura que faz Bruno Zevi em sua “Linguagem da Arquitetura Moderna” ao designar invariantes desta, a diferença consiste em que a análise de Zevi é predominantemente sintática, considerando efeitos estéticos inclusive.
As invariantes de Bruno Zevi buscam códigos “anticlássicos”. São as seguintes:
• o catálogo como metodologia do projeto;
• assimetria e dissonancia;
• tridimensionalidade antitética da perspectiva;
• sintaxe da decomposição quadridimensional;
• estruturas em balanço, coberturas e superfícies;
• temporalidade do espaco;
Pode-se dividir os seguintes tipos de categorias entre os 7 eixos organizadores do espaço de Teixeira Coelho Netto: categorias espaciais da relação homem e natureza, espaço artificial x espaço natural ou das relações sociais: espaço privado x espaço comum; os demais podem ser entendidos como categorias do modo de fazer, construir o espaço (sintática): interior x exterior, espaço construído x espaço não construído, espaço amplo x espaço restrito, espaço vertical x espaço horizontal, espaço geométrico x espaço não-geométrico
TEIXEIRA COELHO NETTO, J. A Construção do Sentido da Arquitetura, São Paulo: Perspectiva, 2009, 5ª Ed.
TEIXEIRA COELHO NETTO, J. A Construção do Sentido da Arquitetura, São Paulo: Perspectiva, 2009, 5ª Ed.
ZEVI, Bruno. A linguagem Moderna da Arquitetura. Lisboa : Don Quixote.